Viúva de um dos chefes da facção está entre os alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos em shoppings da Grande São Paulo.
Porto Velho, RO - Uma força-tarefa formada pelo Ministério Público de São Paulo (Gaeco), Polícia Civil e Secretaria da Fazenda deflagrou nesta quarta-feira a Operação Plush. O alvo é um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que utilizava lojas de brinquedos como fachada.
A Justiça autorizou o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão. Quatro deles foram realizados em estabelecimentos comerciais localizados em shoppings centers da capital paulista, de Guarulhos e de Santo André.
Entre os investigados que são alvo da operação, estão:
Natalia Stefani Vitoria, viúva de Cláudio Marcos de Almeida, o "Django", considerado um chefe de destaque do PCC no tráfico de drogas e armas.
Priscila Carolina Vitoria Rodrigues, irmã de Natalia.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações, as duas irmãs não tinham uma fonte de renda lícita declarada. Apesar disso, realizaram vultosos investimentos para abrir quatro lojas de uma rede de franquias de brinquedos, a Criamigos Oficinas de Ursos.
O nome da operação, "Plush" (que significa "pelúcia" em inglês), é uma referência direta ao negócio usado para esconder o dinheiro de origem ilícita da facção criminosa.
Ligação com chefe do PCC
Cláudio "Django" foi assassinado em janeiro de 2022, em meio a disputas internas pelo poder dentro do PCC. Ele já havia sido citado em outra grande operação, a "Fim da Linha", em abril de 2023, como um dos principais investidores em uma empresa de ônibus urbanos também usada para lavagem de capitais pela facção.
Para garantir o pagamento de futuras indenizações e multas, a Justiça determinou o bloqueio de bens no valor total de R$ 4,3 milhões.
A operação revela mais uma face da atuação do PCC, que busca infiltrar seus recursos em negócios legais para ocultar os lucros obtidos com o crime organizado.
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Fonte: Portal364