
Ex-primeira-dama cobra posicionamento de pré-candidato ao governo do Ceará contra condenação de Bolsonaro.
03/12/25 às 04:45 | Atualizado 03/12/25 às 08:08Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Porto Velho, RO - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro saiu fortalecida após a primeira crise política no clã desencadeada depois da prisão em regime fechado de Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado.Após ser criticada publicamente pelos enteados por rechaçar o apoio do PL ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo no Ceará, a presidente do PL Mulher fez prevalecer sua vontade na reunião convocada pela cúpula do partido para "enquadrá-la".Ao final, a sigla suspendeu o acordo e disse que a estratégia será reavaliada no estado. Participaram do encontro o presidente nacional da legenda Valdemar Costa Neto, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RJ), e o deputado federal e presidente do PL no Ceará, André Fernandes (PL-CE).
Segundo apurou a CNN, Michelle não descartou que um acordo possa ser construído por André Fernandes, mas exigiu que Ciro Gomes, uma das principais lideranças no Ceará, faça gestos explícitos em favor de Bolsonaro e à família, incluindo uma retratação.
De acordo com integrantes do PL, uma das exigências seria que o ex-ministro faça inclusive críticas ao processo do plano de golpe de Estado e à prisão do ex-presidente. Essas condições seriam essenciais para que Michelle pudesse relevar críticas feitas por Ciro ao marido no passado
Na carta que divulgou após o desentendimento público com os enteados, porém, Michelle disse que não há hipótese de apoiar Ciro, que chamou o ex-presidente de genocida, ladrão de galinha e frouxo, entre outros xingamentos.
Desde a eclosão da crise político-familiar, o apoio recebido por Michelle nas redes sociais também chamou a atenção de integrantes do PL. De modo geral, a postura dela foi entendida pelo bolsonarismo como uma defesa intransigente do ex-presidente preso.
Com Bolsonaro fora do circuito político, antes que o entrevero escalasse, Michelle e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), apontado como porta-voz do pai, se acertaram na segunda-feira (1) antes mesmo da reunião na sede do PL nesta terça.
"Eu falei para ele [Jair Bolsonaro] que já me resolvi com a Michelle, que pedi desculpas a ela e ela também. A gente vai ter uma reunião hoje no PL pra gente criar uma rotina de tomar as decisões em conjunto", afirmou Flávio após visitar o pai, que está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 22 de novembro.
"Gosto de ver pelo lado bom e o lado bom é que isso não vai se repetir, a gente vai tomar decisões muito mais conscientes", prosseguiu. "A gente vai estar junto, não adianta querer me separar. Divergências fazem parte. A gente vai sentar, conversar e realinhar", disse.
Michelle é considerada um ativo com mulheres e evangélicos no PL. Porém, costuma ser criticada por membros do partido por ter atuação isolada e pouca disposição para diálogo.
Sob reserva, aliados do ex-presidente afirmam que essa postura a impede de ser vista como opção viável para compor uma chapa da direita na disputa presidencial.
O recado desta terça-feira (2), contudo, é que a ex-primeira-dama está disposta a não ser vista como coadjuvante no jogo político, nem no clã Bolsonaro nem no PL.
CNNBRASIL
Segundo apurou a CNN, Michelle não descartou que um acordo possa ser construído por André Fernandes, mas exigiu que Ciro Gomes, uma das principais lideranças no Ceará, faça gestos explícitos em favor de Bolsonaro e à família, incluindo uma retratação.
De acordo com integrantes do PL, uma das exigências seria que o ex-ministro faça inclusive críticas ao processo do plano de golpe de Estado e à prisão do ex-presidente. Essas condições seriam essenciais para que Michelle pudesse relevar críticas feitas por Ciro ao marido no passado
Na carta que divulgou após o desentendimento público com os enteados, porém, Michelle disse que não há hipótese de apoiar Ciro, que chamou o ex-presidente de genocida, ladrão de galinha e frouxo, entre outros xingamentos.
Desde a eclosão da crise político-familiar, o apoio recebido por Michelle nas redes sociais também chamou a atenção de integrantes do PL. De modo geral, a postura dela foi entendida pelo bolsonarismo como uma defesa intransigente do ex-presidente preso.
Com Bolsonaro fora do circuito político, antes que o entrevero escalasse, Michelle e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), apontado como porta-voz do pai, se acertaram na segunda-feira (1) antes mesmo da reunião na sede do PL nesta terça.
"Eu falei para ele [Jair Bolsonaro] que já me resolvi com a Michelle, que pedi desculpas a ela e ela também. A gente vai ter uma reunião hoje no PL pra gente criar uma rotina de tomar as decisões em conjunto", afirmou Flávio após visitar o pai, que está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 22 de novembro.
"Gosto de ver pelo lado bom e o lado bom é que isso não vai se repetir, a gente vai tomar decisões muito mais conscientes", prosseguiu. "A gente vai estar junto, não adianta querer me separar. Divergências fazem parte. A gente vai sentar, conversar e realinhar", disse.
Michelle é considerada um ativo com mulheres e evangélicos no PL. Porém, costuma ser criticada por membros do partido por ter atuação isolada e pouca disposição para diálogo.
Sob reserva, aliados do ex-presidente afirmam que essa postura a impede de ser vista como opção viável para compor uma chapa da direita na disputa presidencial.
O recado desta terça-feira (2), contudo, é que a ex-primeira-dama está disposta a não ser vista como coadjuvante no jogo político, nem no clã Bolsonaro nem no PL.
CNNBRASIL