Documentos apontam “vingança”, monopólio e produções milionárias da agência PEN6 em plano de ALE/RO

Documentos apontam “vingança”, monopólio e produções milionárias da agência PEN6 em plano de ALE/RO


Agência PEN6 Publicidade — do publicitário Cleiton Pena — estaria exercendo controle quase absoluto sobre a comunicação institucional - Foto: Divulgação

Porto Velho, RO - O plano de mídia da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) voltou ao centro de uma grande controvérsia. Documentos oficiais da Casa de Leis, que passaram a circular nas redes sociais, levantaram suspeitas de que a agência PEN6 Publicidade — do publicitário Cleiton Pena — estaria exercendo controle quase absoluto sobre a comunicação institucional de diversos órgãos públicos do Estado.

A situação reacendeu críticas de veículos de imprensa e colocou o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) em alerta, principalmente por causa de produções de conteúdo com valores milionários bancadas pela ALE/RO. Em um dos documentos, produzidos pela ALE, uma única produção ultrapassa R$ 1 milhão.

PEN6: a agência que domina a comunicação institucional em Rondônia

Segundo apontam veículos do setor, a PEN6 hoje concentra a maior parte das contas públicas de comunicação no Estado, incluindo:
Prefeitura de Porto Velho
Governo de Rondônia
Detran/RO
Assembleia Legislativa de Rondônia
Sebrae/RO
Outras autarquias e fundações


Essa concentração, embora não seja ilegal por si só, gera questionamentos sobre competitividade, transparência e critérios de escolha, especialmente num estado onde a comunicação institucional movimenta dezenas de milhões de reais por ano.

O que provocou o estouro da crise

A polêmica atual nasceu dos documentos internos da ALE-RO que revelam:
-Cortes abruptos de diversos veículos de comunicação do plano de mídia emergencial aprovado pelos diretores da Casa;
-Alegações de que a agência teria “segurado” a execução do plano aprovado para continuar recebendo verbas enquanto informa que ainda está “produzindo” peças;
-Falta de transparência sobre cronogramas, entregas e valores executados;
-Crescimento exponencial dos gastos com produção audiovisual na ALE-RO, sob gestão da mesma agência.


Hoje, 20 de novembro, vários veículos afirmam que:
“A mídia da Assembleia está parada enquanto a agência nada em milhões.”

Esses veículos alegam prejuízo financeiro e denunciam que o plano de mídia aprovado internamente não está sendo executado.

Nos bastidores, fala-se até em “vingança” dos diretores da ALE-RO contra veículos que criticaram gestões anteriores ou a atual — retirados do plano de mídia sem justificativa transparente.

Ministério Público entra no radar

As produções milionárias — algumas superando R$ 1 milhão por peça — chamaram a atenção do MP/RO, que agora monitora as movimentações.
O ponto central é:
-Há proporcionalidade entre os valores pagos e as entregas?
-Por que produções tão caras e massivas são prioridade enquanto veículos com abrangência no Estado são cortados?
-A agência pode, de fato, segurar a execução de um plano público de mídia aprovado pelos diretores da Casa?
-O MP ainda não se manifestou oficialmente sobre procedimentos instaurados, mas fontes confirmam que há apurações em andamento.
-Indignação da imprensa local
-TVs, rádios, jornais e portais — muitos com décadas de história — relatam que foram excluídos sem qualquer comunicação prévia.
Eles questionam:
“Até quando a mídia da Assembleia vai ser tratada como se fosse propriedade da agência?”
“Se é dinheiro público, quem manda é o órgão, não a empresa contratada.”
Para boa parte do mercado, o atual cenário cria um ambiente de monopólio informal, no qual a agência decide quem entra ou quem sai da comunicação pública.
Impacto direto no setor e na sociedade

A paralisação do plano de mídia emergencial:
-prejudica veículos locais já fragilizados pela queda da receita publicitária;
-reduz a circulação de informações institucionais de interesse público;
-gera clima de desconfiança entre órgãos públicos e o setor de comunicação.


Enquanto isso, milhões seguem empenhados em produções internas da PEN6 — que, segundo críticos, não têm calendário claro, nem justificativas detalhadas sobre custos.

E agora?

A crise já ganhou repercussão estadual e deve aumentar conforme:
-o MP-RO avançar nas apurações;
-novos documentos forem divulgados nas redes sociais;

A pergunta que ecoa entre os profissionais da imprensa é direta:
“Quem controla, de fato, a mídia da Assembleia Legislativa de Rondônia: os diretores da Casa ou a agência contratada?”
E uma segunda, ainda mais incômoda:

“Quanto isso está custando ao contribuinte?”
Postagem Anterior Próxima Postagem