
Imagem oficial da Sessão nº 1301 da 1ª Câmara Especial — realizada em ambiente virtual extraordinário — mostra que o relator, desembargador Adolfo Theodoro Naujorks Neto, votou por conhecer e não prover o recurso, ou seja, anular os atos e reiniciar o processo.
Porto Velho, RO - O Tribunal de Justiça de Rondônia protagoniza mais um capítulo digno de novela política na análise da polêmica licitação de R$ 26 milhões da Assembleia Legislativa. O julgamento, que já foi marcado por votos retirados, viradas inesperadas e pedidos de vista estratégicos, acaba de ganhar nova reviravolta: o placar agora está em 1 voto pela anulação total do procedimento, o que levaria o certame de publicidade da Casa de Leis de volta à estaca zero.
A imagem oficial da Sessão nº 1301 da 1ª Câmara Especial — realizada em ambiente virtual extraordinário — mostra que o relator, desembargador Adolfo Theodoro Naujorks Neto, votou por conhecer e não prover o recurso, ou seja, anular os atos e reiniciar o processo.
Nenhum voto convergente ou divergente foi registrado até o momento da captura, mas quatro desembargadores ainda não se manifestaram:
Daniel Ribeiro LagosEles têm até 21 de novembro de 2025 para depositar seus votos no sistema. Até lá, o processo permanece suspenso — e o clima, mais nebuloso que garoa amazônica em julho.
Glodner Luiz Pauletto
Hiram Souza Marques
Miguel Mônico Neto
🔍 Um julgamento que já entrou para o folclore político-jurídico de Rondônia
Nada tem sido comum neste caso. Votos mudaram após pedidos de vista, posições foram revistas, e a própria ordem de julgamento parece dançar conforme o vento. Para muitos observadores da cena política, este se tornou um dos julgamentos mais “misteriosos” da história recente do TJ-RO, com direito a idas, vindas e reviravoltas que deixaram advogados, veículos de comunicação e até parlamentares atônitos.
📌 O que está em jogo
A licitação de R$ 26.134.078,00 para contratação de publicidade institucional da ALE-RO é alvo de disputa jurídica desde o edital, acusado de restringir competitividade. O edital foi suspenso por decisão de 1º grau, mantida inicialmente pelo Tribunal — apenas para depois ser revista quando desembargadores retiraram votos já computados.Agora, o processo volta ao centro da arena.
Se os quatro desembargadores acompanharem o relator, tudo será zerado e a Assembleia terá de iniciar um novo procedimento — o que pode atrasar o contrato por mais um ano, repetindo o drama da licitação anterior, que levou dois anos e meio para ser concluída.
🕰️ Contagem regressiva
Até amanhã, os quatro votos restantes dirão se:Até lá, o julgamento segue parado — e Rondônia acompanha, desconfiada, um dos episódios mais turbulentos já registrados na disputa por controle da verba de comunicação pública.
A novela continua com mais capítulos, reiniciando todo o processo; ou
A Assembleia poderá retomar sua licitação milionária.